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Diário do Comércio online - BH (MG) ( Turismo ) - MG - Brasil - 15-03-2014 - 09:02 -   Notícia original Link para notícia
Operadoras focam em trilhas e cachoeiras

Fora dos centros urbanos, roteiros são montados na medida certa para quem prefere o lazer junto à natureza


Daniela Maciel


Andarilho da Luz oferece desde caminhadas curtas até roteiros internacionais/Andarilho da Luz / Divulgação


Se muitos turistas reclamam das condições das estradas brasileiras, outros não se importam de enfrentar buracos, poeira e até fazer um certo esforço físico para estar junto à natureza e aproveitar trilhas, cachoeiras e montanhas em busca de tranqüilidade, qualidade de vida e saúde. Rica em belezas naturais, Minas Gerais oferece um sem-número de atrativos turísticos e de oportunidades de negócios para operadores, agências, profissionais do turismo e comunidades locais.

Em Belo Horizonte, a Andarilho da Luz Caminhadas Ecológicas Terapêuticas é uma operadora de ecoturismo fundada em 1998 e sediada no bairro Planalto, região Norte. De acordo com a sócia-proprietária da operadora, Cirlene Soares, tudo começou com pequenos roteiros de caminhada. Quinze anos depois são oferecidos roteiros pelo mundo todo, mas Minas Gerais continua sendo o palco principal das operações que unem natureza e cultura. "Fazemos desde roteiros de um dia, com caminhadas curtas para quem está começando ou com pouco tempo disponível, até roteiros internacionais para quem pode ficar mais dias. O objetivo é tirar as pessoas da rotina das cidades e dar a elas opções junto à natureza, mas que também não desprezem o ser humano", explica Cirlene Soares.

Um dos roteiros mais pedidos é o programa de Turismo de Vilarejo em Capivari, no Alto Jequitinhonha, entre as cidades do Serro e de Diamantina. Em Capivari, os visitantes vão conhecer cachoeiras e trilhas que cortam os rústicos e preservados campos rupestres da Serra do Espinhaço. A viagem de experiência permite uma imersão no modo de vida da pequena comunidade. A hospedagem e a alimentação são oferecidas pelos moradores, que abrem suas casas e convidam o visitante para acompanhar e participar das atividades rotineiras. O roteiro é realizado desde 2009, e em junho de 2011, o Ministério do Turismo (MTur) identificou o Turismo de Vilarejo de Capivari como uma iniciativa nacional de Turismo de Base Comunitária, e pioneira no estado de Minas Gerais; e em 2013 foi o primeiro lugar no Prêmio Braztoa de Sustentabilidade.

"Em Capivari não existem pousadas tradicionais e nem é o objetivo da comunidade. Quando chegamos lá, fomos estudar quais tipos de atividades poderiam ser desenvolvidas. Começamos a desenvolver os atrativos e produtos turísticos. Surgiu, então, uma nova possibilidade de ganho para a comunidade local", afirma a empresária.

O público da operadora é formado em sua maioria por mulheres, sejam sozinhas ou acompanhadas pela família. Profissionais liberais e aposentados compõem a maior parte do perfil profissional dos viajantes. "São, na maioria adultos, que já têm a vida profissional e financeira resolvida e que querem cuidar mais das próprias vontades", destaca.

Quanto ao preço, Cirlene Soares admite que é um pouco mais caro que o turismo tradicional, já que o tipo de operação exige grupos menores e acompanhamento especializado. "Não podemos trabalhar com grandes grupos, como acontece no turismo de massa. Além disso, precisamos de outro tipo de infraestrutura e profissionais especializados em turismo de natureza", analisa.


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