Daniela Maciel

Passeios em cafezais tem atraído bastante turistas/Divulgação

De olho em um público que deixa a estrada convencional atrás de contato com a natureza e experiências únicas, as agências e operadoras apostam na customização de serviços. No bairro Buritis, na região Centro-Sul, a Remar Turismo iniciou as atividades em 2012. Os roteiros são concebidos pela idealizadora da Remar, Mara Cristina da Costa.

"Tudo começou com pedidos de amigos e conhecidos, principalmente estrangeiros, que queriam conhecer Minas Gerais fora dos roteiros tradicionais e city tours feitos às pressas. Aos poucos esse serviço começou a ficar conhecido e as pessoas pediam para fazer parte dos grupos. Foi então que dei início à empresa. Hoje vou aos lugares conhecer e estudar as possibilidades turísticas para formar o roteiro. Aceito sugestões dos lugares e também de turistas interessados em determinada região ou atividade", explica Mara Costa.

Hoje a empresária trabalha com roteiros prontos e também sob demanda. Quando o cliente chega é feita uma rápida reunião para listar interesses e gostos para que seja escolhido o melhor passeio ou para que um novo roteiro seja montado.

Mesmo nos roteiros prévios e grupos pequenos, a ideia é que o turista tenha o máximo de liberdade possível. Em cada cidade são estabelecidas parcerias com operadores e guias locais. "� importante para esse tipo de turismo contar com a mão de obra local, que tem conhecimentos profundos sobre a região, suas e atividades. O foco é em qualidade total para que o turista se encante e faça, junto conosco, um resgate do que Minas tem de mais original", afirma a diretora da Remar.

Café - Entre os muitos passeios, Mara Cristina da Costa destaca a Rota do Café Especial que inclui a visitação às plantações de azeitonas nos municípios de Cristina e Carmo de Minas, na região Sul do Estado. O passeio, que terá a próxima edição na Semana Santa, entre os dias 18 e 21 de abril, visita fazendas de azeitonas e cafezais, refeições típicas nas fazendas, visitas a um haras, cachoeiras e trechos de mata. "Os estrangeiros se encantam com esse passeio, especialmente os japoneses, mas é uma ótima oportunidade para nós, mineiros, conhecermos algo tão especial e que só existe aqui. O café produzido nessas cidades é considerado o melhor do mundo. � uma experiência exclusiva que temos muito perto e que pouco conhecemos", analisa a empresária.

Em busca de qualificação, ela também participou do Programa Minas Recebe, promovido pela Secretaria de Estado de Turismo e Esportes (Setes) e está otimista com a Copa do Mundo. "A expectativa é muito boa para o evento. Vamos receber brasileiros e estrangeiros que já sabem ou que vão saber que Minas é um território de vasto e variado número de atrativos naturais e culturais. Será um ótimo momento para mostrarmos e valorizarmos o nosso patrimônio", aposta.