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Folha de São Paulo Online ( Mercado ) - SP - Brasil - 11-03-2014 - 09:26 -   Notícia original Link para notícia
Fernando de Noronha enfrenta falta de água há quase 20 dias

DANIEL CARVALHODO RECIFE


A pior seca dos últimos 50 anos no arquipélago de Fernando de Noronha (PE) já afeta o abastecimento de moradias, pousadas e restaurantes. Se não chover, a situação só deve se normalizar no segundo semestre.


Há 20 dias praticamente sem água, a população bloqueou no sábado a BR-363, única rodovia da ilha, que dá acesso ao aeroporto. Passageiros tiveram de caminhar até o terminal carregando suas bagagens.


A empresa que administra o aeroporto confirma que turistas chegaram a perder o voo, mas não soube precisar quantos foram prejudicados.


Na madrugada de domingo, houve um incêndio na vegetação que margeia a pista do aeroporto. A PF investiga se o fogo foi criminoso.


Noronha recebe 246 turistas por dia, em média. Na alta temporada, o número sobe para 316, segundo a administração do arquipélago.


Nesse período, o consumo diário de água, de 1.392 m³/dia, aumenta 20%, segundo a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento).


"Tem três carros-pipa abastecendo aqui, mas se pedir [um carro] hoje, só chega daqui a seis dias. Está todo mundo racionando", disse o funcionário público Naldo Soares, 49.


Os dessalinizadores que tornam potável a água do mar não dão conta da demanda.


A empresa diz ter um plano de aperfeiçoamento dos dessalinizadores. Orçado em R$ 4,7 milhões, esse projeto garantiria água somente a partir do segundo semestre.


"Como as previsões de chuvas para a ilha não têm sido muito animadoras, a solução será a implantação do novo sistema projetado, com prazo de execução de seis meses a partir de sua contratação", informou a companhia, em nota. As obras começam no fim de março.


Segundo a Associação de Pousadas de Fernando de Noronha, três das 96 pousadas do arquipélago já estão recusando hóspedes.


"Não está nada fácil. Não podemos esperar seis meses, até depois do período da Copa do Mundo. O projeto precisa ser tocado de forma emergencial", disse o presidente da associação, Pedro Henrique da Costa Neto.


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