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Estado de Minas Online ( Nacional ) - MG - Brasil - 10-03-2014 - 06:47 -   Notícia original Link para notícia
Mutirão no Rio contra a sujeira

Previsão é de que as ruas da capital voltem à normalidade no meio da semana. Garis têm aumento de mais de 37%


Rio de Janeiro - Após o fim da greve na noite de sábado, os garis do Rio tiveram muito trabalho para limpar a cidade ontem. Desde o início da manhã, 1,3 mil trabalhadores se espalharam pelos bairros para limpar a cidade e retirar o lixo acumulado desde 1º de março, quando começou a paralisação. O prefeito Eduardo Paes informou que a previsão é de que a cidade fique toda limpa em três dias.
A operação montada pela Comlurb começou nas praias da Zona Sul ainda no sábado e avançou pela madrugada em ruas da Lapa e do Centro da cidade. Durante o dia, os trabalhadores também recolheram lixo em regiões da Zona Oeste. Em Rio das Pedras, um lixão, formado pelo acúmulo de resíduos e lama, precisou ser removido com ajuda de escavadeiras.
A Comlurb, responsável pelo recolhimento do lixo na cidade, afirmou ainda que a limpeza desse domingo envolveu três setores de trabalhadores para diminuir o impacto de oito dias de paralisação: garis do turno do fim de semana, trabalhadores escalados para retirar lixo dos blocos de carnaval e empregados adicionais.
Em uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na tarde de sábado, a prefeitura fez uma proposta de R$ 1.050 para salário-base (aumento de 37%), os garis em greve não aceitaram e fizeram uma contraproposta, de R$ 1.100, que foi aceita pelo governo municipal. "Pela primeira vez a gente conseguiu ter uma reunião organizada. Cada dia esse movimento tinha um grupo de representantes diferente. Hoje foi a primeira reunião formal com eles. Até então não conhecíamos a pauta", disse Paes.
A audiência de conciliação entre a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio, que estava agendada para amanhã, foi antecipada para sábado.
Além do aumento do salário, que anteriormente era de R$ 803, sobe também o ticket-refeição, de R$ 12 para R$ 20. Paes disse que será preciso fazer um "esforço orçamentário", mas que os garis "merecem". "Não escondo que o gari é a alma dessa sociedade. Não deu para dar o que eles esperavam, mas foi bastante generoso."

DEMISSÕES Sobre as possíveis demissões, que haviam sido anunciadas para os garis que faltassem ao trabalho, Paes disse que não pretende mandar ninguém embora, mas que casos específicos serão analisados. "Quem não trabalhou será descontado e vai ter que recuperar o tempo perdido. Se alguém agrediu o gerente, isso será levado em conta. Mas eu nunca quis demitir garis. Não será ninguém demitido porque participou do movimento."

Monobloco encerra a folia

Rio de Janeiro - Sempre pontuais, os 180 músicos do Monobloco iniciaram seu 5º desfile pela Avenida Rio Branco às 9h, partindo da Candelária em direção à Cinelândia, onde desembocaram às 12h40. Segundo a Polícia Militar, cerca de 450 mil foliões participaram do cortejo percorrendo 1,6km, encerrando hoje o Carnaval de rua do Rio.
A bateria, formada por músicos profissionais e alunos das oficinas do Monobloco durante o ano, na Sala Baden Powell, contou com a maestria de Celso Alvim. O frontman Pedro Luís entoou mais de 80 canções do grupo e recebeu a cantora paraense Gaby Amarantos, participação para lá de especial no trio, escoltado por 160 homens.
Gaby cantou músicas de seu repertório, como "Ela Tá Bêba, Doida" e "Ex My Love". Além disso, divertiu a multidão com sucessos da música pop brasileira, como "Beijinho no Ombro", e saudou a velha-guarda com pérolas como "Portela na Avenida". Para fechar o pacote, a cantora fez a dobradinha com o grupo em "Todo Mundo", canção oficial da Copa do Mundo de 2014.
"Sem dúvida, o maior destaque desta apresentação de hoje foi Gaby Amarantos com a gente. Ela já é da família. Gravamos a música do Mundial juntos e estamos viajando com a canção, acompanhando a taça que circula pelo mundo", ressalta Mário Moura, um dos integrantes da trupe criada em 2000.
Sem grandes ocorrências, o desfile do Monobloco contou com 100 homens da Guarda Municipal, 100 da Polícia Militar, 80 operadores de trânsito, cinco ambulâncias e três postos médicos.

LIMPEZA Devido à greve dos garis, a organização combinou com a Prefeitura de fazer um mutirão de limpeza. Mesmo com o fim da paralisação na noite de sábado, cerca de 30 pessoas recolheram todo o lixo produzido durante a passagem do bloco dentro da área limitada pela corda, que cercava o carro de som. Os vocalistas ao microfone também conscientizavam os foliões, solicitando que recolhessem o próprio lixo.
Durante o desfile, foram poucas as vezes que a música foi interrompida por causa de confusões. Chamar atenção de foliões que desrespeitavam leis de segurança, como andar em cima de marquises ou pular em cima de pontos de ônibus, era normal. Mas, por volta das 12h, um grupo invadiu a área restrita, limitada pela corda. O som foi interrompido por 10 minutos até todos voltarem para seus lugares.
Canções como "Balança Geral", "Nasci pra Morrer de Amor", "Samba de Arerê", "Maneiras" e "Garota Nacional" embalaram os foliões. O desfile teve duração de três horas e meia e terminou às 12h30, na Cinelândia.


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