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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 06-03-2014 - 08:30 -   Notícia original Link para notícia
No balanço da folia

Expansão do carnaval de BH aumenta movimento no aeroporto, amplia ocupação nos hotéis e sustenta vendas maiores nos bares e restaurantes da cidade. Preços elevam venda de pacotes


Zulmira Furbino



"Achei ótimo. Se você quiser descansar, está em casa. Se quiser folia, tem blocos diferentes o dia inteiro", Alysson Nogueira, professor da UFMG que optou por ficar em BH na festa de Momo



Com mais foliões nas ruas, casas que ficaram abertas no feriado registraram ganhos com a festa


No balanço do carnaval em Belo Horzionte, o saldo é positivo para a economia. A Infraero estima que 170 mil pessoas chegaram e saíram da capital mineira nos quatro dias de folia via transporte aéreo, 10,3% a mais do que no ano passado. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) calcula que a ocupação hoteleira na cidade subiu de 30% para 40% nesse período. E as vendas de pacotes turísticos durante o Carnaval atingiram 98% do estoque na operadora de turismo Interpool, que também já comercializou 95% dos pacotes nacionais para a Semana Santa. Já entre os bares que ficaram abertos no período da foliar teve um que chegou a vender quase 550 caixas de cerveja em latão. 

De acordo com Patrícia Coutinho, presidente da ABIH, o carnaval em BH continua sendo um período de baixa temporada para a hotelaria da cidade, mas em termos percentuais a ocupação subiu 33%, sem contar que o número de quartos de hotel na capital aumentou em 870 nesse período (na comparação com 2013). "A adesão popular ajudou a aumentar o movimento na cidade. Ainda assim, por enquanto, a folia continua sendo um evento para belorizontinos", afirma. De acordo com ela, a expectativa é que mais 20 hotéis fiquem prontos até a Copa do Mundo, o que vai agregar outros 4.500 quartos à rede hoteleira da capital. Segundo a Infraero, de sexta-feira até ontem, mesmo com o aumento no número de embarques e desembarques no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, não houve atrasos nos voos.

Para Paulo Testa, diretor comercial da Interpool, operadora de turismo especializada na venda de pacotes nacionais, BH está vivendo um momento atípico. "Mesmos com os preços característicos do Carnaval, em algumas situações os valores dos pacotes eram os mesmos do ano passado. Vendemos 98% do nosso estoque, que são viagens para resorts de todo o país", sustenta. E o mesmo vale para o feriado da Semana Santa. "Tem muita gente que vai ficar por aqui durante a Copa e, por isso, quis garantir o carnaval e a Semana Santa, que está vendida na maioria das operadoras. O pessoal acha que vai ficar caro sair no período do Mundial", observa. 

Opção Ao contrário do que costuma fazer todos os anos, Allyson Nogueira, professor da Faculdade de Odondologia da UFMG, passou o carnaval de 2014 em Belo Horizonte. "Que eu me lembre, é a primeira vez que faço isso. Fui à Europa no fim do ano passado e em janeiro fui a Fortaleza. Além disso, vou viajar outra vez na Semana Santa", revela. Segundo ele, a folia de BH foi uma boa surpresa. "Achei ótimo. Se você quiser descansar, está em casa. Se quiser folia, tem blocos diferentes o dia inteiro, tanto na Região Centro-Sul quanto em bairros mais distantes", disse. Nos cálculos de Nogueira, se ele fizesse uma viagem ao Rio de Janeiro nesse período gastaria entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, mesmo comprando passagem aérea com milhas. 

No Restaurante Bolão, no Bairro Santa Tereza, o gerente Carlos Henrique Rocha comemorou o movimento durante os cinco dias de feriado. Apesar de o bairro não ter contado com os bloquinhos, como no ano passado, a casa vendeu 80% mais do que a expectativa inicial. "Nosso estoque de cerveja estava em 550 caixas. Foi tudo embora e as restantes estão acabando hoje (ontem)", disse. Na Casa dos Contos, na Savassi, e na Cantina do Lucas, no Centro, o movimento aumentou 35% em comparação com o ano anterior. "O aumento pode ser atribuído às mudanças no carnaval em BH. Muito dessa demanda é de pessoas que vinham dos blocos, tanto na Savassi como no Centro", disse Cleomar Wagner, gerente do restaurante na Savassi.


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