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Portal O Tempo ( Últimas Notícias ) - MG - Brasil - 25-02-2014 - 03:00 -   Notícia original Link para notícia
Paralisação complica trânsito

Sem ônibus, muita gente saiu de casa de carro; procura por táxis também cresceu, cerca de 30%Engarrafamentos. Mais carros foram ontem para as ruas e pequenos acidentes ainda contribuíram para uma piora no fluxo da capitalPUBLICADO EM 25/02/14 - 03h00BÁRBARA FERREIRA / LUIZA MUZZI


Os transtornos causados pela falta de ônibus em Belo Horizonte e na região metropolitana não se restringiram aos usuários do transporte público. Durante todo o dia, houve aumento no número de carros em circulação e vários pontos da cidade ficaram congestionados. O dia dos taxistas também foi atípico, com aumento da procura pelo serviço em cerca de 30%. Por causa da dificuldade de locomoção, muitos empregados faltaram ao serviço e até escolas tiveram que fechar as portas.


A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) informou que não tinha uma estimativa de quantos carros circularam a mais na cidade nessa segunda. Nas ruas, no entanto, motoristas sentiram a diferença, maximizada por pequenos acidentes, sem vítimas, mas que contribuíram para piorar ainda mais a situação. Um caminhão derramou sua carga de carvão na Via Expressa, três carros se envolveram em um engavetamento no túnel da Lagoinha e duas batidas atrapalharam o fluxo no Anel Rodoviário, na região Noroeste.


"Estou atrasada para o trabalho. Como sabia da greve, decidi pedir um táxi, mas isso não resolveu meu problema porque o trânsito está muito cheio e ruim. Já perdi a hora", conta Marilene Pereira, 44, parada em um sinal de trânsito na avenida do Contorno, próximo à região da Savassi.


O transtorno foi maior pela manhã, em especial no centro, na Pampulha e nas avenidas Amazonas e Via Expressa. Os pontos de ônibus ficaram cheios. Por outro lado, estações geralmente lotadas, como a Venda Nova, ficaram vazias. Segundo funcionários, muitos usuários, sabendo da paralisação, não apareceram. Outros, ao chegar, rapidamente iam embora.


Foi o caso da auxiliar administrativo Maristela Costa Pacheco, 45, que pegaria a linha 64 para ir ao centro. "Pensei que pelo menos parte dos ônibus estaria funcionando. O que eu pego aqui me deixa na porta, mas agora vou ter que pegar dois, correndo o risco de não passarem também", reclamou.


De acordo com o presidente da Coopertáxi BH, Márcio Silva, a demanda por táxis na capital e região aumentou 30%, e a procura maior foi na parte da manhã. "Foi o maior sufoco. O problema não é frota, é a mobilidade. O trânsito deu um nó e a cidade virou um caos".


Com os transtornos, colégios não funcionaram, como foi o caso da Escola Municipal Machado de Assis, no bairro Amazonas, em Contagem. A assessoria da prefeitura informou que nenhuma escola foi fechada. Em Contagem, não há um balanço.


Prejuízo. A greve causou prejuízo de R$ 19 milhões para o comércio da capital e região. A estimativa é da da capital (-BH), e leva em conta o número de funcionários e consumidores que não conseguiram chegar aos centros comerciais. (Com Bruna Carmona)


Melhora


Tarde. Com o passar do dia, a circulação foi melhorando. "Foi ficando bem melhor. Meu ônibus demorou um pouco mais, mas chegou", disse a secretária executiva Elizângela Diniz, 36.


Movimento aumenta no metrô de BH
Com a falta de ônibus na região metropolitana, muitas pessoas recorreram, nessa segunda, ao metrô. Segundo funcionários da Estação Vilarinho, em Venda Nova, o movimento foi grande inclusive de usuários que não costumam usar o transporte, e já chegavam com dúvidas. Habituado a utilizar os trens diariamente, o supervisor comercial Freddy Carvalho, 34, reclamou da lotação. "Estava bem mais cheio que o normal", disse.

Já a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pelo serviço, afirmou que não houve aumento significativo na movimentação. A empresa chegou até a reforçar sua bilheteria, prevendo alterações, mas nenhum grande transtorno foi registrado.


Prejuízos ao Move
- Suspensão.
 Com o início da greve dos rodoviários, foram suspensos nessa segunda os testes do Move, nome dado ao BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus) na capital. Motoristas e cobradores vinham testando os novos veículos do sistema desde 15 de fevereiro.

- Cronograma. A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) garantiu, porém, que a estreia do Move, prevista para o próximo dia 8, está mantida.

- Prejuízo. Mesmo com a data garantida, o presidente da empresa, Ramon Victor Cesar, afirmou que, se a greve se estender muito, o Move vai começar "maltestado".


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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