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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 19-02-2014 - 09:28 -   Notícia original Link para notícia
Procura por hotéis para o Carnaval no Rio é menor

A procura por hotéis no Rio nesse início de ano ficou muito abaixo do registrado no restante do país e em outras capitais, como São Paulo e Salvador. Os dados são do site de comparação de preços de hospedagem Trivago, mas o movimento é confirmado pelo portal Hotelli e pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). Segundo a ABIH, a taxa de ocupação para o Carnaval está em 60%, abaixo dos 80% registrados no mesmo período do ano passado (uma semana antes do Carnaval).


De acordo com a Trivago, as consultas para o Rio nos meses de janeiro e fevereiro aumentaram 27% e 31% em relação ao mesmo período do ano passado, respectivamente. Na mesma época, as consultas sobre o Brasil cresceram 144% e 121%. Salvador registrou aumento de 105%, em janeiro, e 91%, em fevereiro.


Para o presidente da ABIH, Alfredo Lopes, a baixa ocupação deve-se ao aumento no número de leitos. Além disso, ele diz faltar divulgação no exterior da cidade, que também vive um momento delicado, com muitas obras para a preparação para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de 2016. Os custos do Rio, porém, são apontados como o principal entrave pelos operadores. Lopes cita o custo da passagem aérea como um dos fatores que afastam os turistas.


"Uma passagem São Paulo-Rio no fim de semana chega a custar R$ 1.300. Isso atrapalha a atração de turistas nacionais", diz. Ele aposta em ocupação de 85% nesse Carnaval, contra os 92% registrados em 2013, mas reconhece que os hotéis devem trabalhar com pacotes menores para atrair o turista nacional.


Para a sócia e vice presidente de marketing do Hotel Urbano, Roberta Antunes, o Rio é uma cidade cara e com ocupação alta, o que dificulta a venda de pacotes no modelo promocional adotado pelo site. Para viabilizar pacotes para a cidade no Carnaval, a empresa optou por um modelo diferenciado, com diárias atreladas a ingressos para o camarote Paradise Weekend Hotel Urbano. É a primeira iniciativa com esse perfil da agência.


"Como o desfile já tem um custo alto, o pacote acaba tendo um preço atrativo", conta a executiva, que lembra que uma frisa, sem nenhum conforto, chega a custar R$ 1.000. Os pacotes custam de R$ 1.600, com ingresso para um dia de desfile, café da manhã e buffet, a R$ 15 mil, com ingresso para cinco dias e as mesmas mordomias.


O criador da Hotelli, Paulo César Garcia, diz que a cidade trabalha com tarifas mais altas do que a de outros destinos, o que é ruim, em um momento que ele considera ser de desaquecimento. Focada no segmento corporativo, dentro do conceito de reservas no último minuto (para o mesmo dia ou dia seguinte), a agência negocia justamente a ociosidade dos hotéis.


"A ociosidade no Rio aumentou mais do que no restante do país e o volume de negócios para viagens corporativas para a cidade também diminuiu mais do que em outras cidades. Em São Paulo, ficou estável, apesar da sazonalidade", diz. Tanto a Hotelli quanto a Trivago registram diárias para Salvador no Carnaval 50% mais baratas do que as verificadas no Rio.


Para o sócio da rede portuguesa Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, que está construindo um hotel na Lapa, no centro do Rio, também houve piora na percepção de segurança da cidade. "A imagem que estão passando para o exterior não corresponde à realidade", diz o empresário sobre comentários que ouviu em um evento em Portugal ontem.






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