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DCI - Online ( Serviço ) - SP - Brasil - 14-02-2014 - 09:24 -   Notícia original Link para notícia
S. Paulo é a cidade-sede com menor ocupação para a Copa

SÃO PAULO - Enquanto no Rio de Janeiro as redes de hotéis já venderam 71% das diárias em vésperas ou dias de jogos da Copa, em São Paulo só 21% estão reservadas. Normalmente, a...


Roberto Dumke


Enquanto no Rio de Janeiro as redes de hotéis já venderam 71% das diárias em vésperas ou dias de jogos da Copa, em São Paulo só 21% estão reservadas. Normalmente, a demanda na capital paulista provém do público corporativo, que deixará de viajar durante o Mundial. Com o público da Copa bem inferior ao de negócios, a capital paulista pode ter o pior nível de ocupação hoteleira entre as 12 cidades-sede. 


"São Paulo tem bastante trabalho a fazer, há um desafio enorme para ocupar essa quantidade toda de quartos", diz Roberto Rotter, presidente do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). A entidade, que representa as redes hoteleiras, levantou com suas associadas - que possuem cerca de 100 mil dos 460 mil quartos de hotel do Brasil - o número de diárias bloqueadas pela Fifa, vendidas e disponíveis. 


O balanço, todavia, se refere apenas às melhores datas, que são as vésperas e dias de jogos do mundial. Com base em dados de ocupação de versões passadas da competição de futebol, sabe-se que os quartos devem ficar vazios nos períodos entre os jogos. Rotter diz que a ocupação na Copa tem um comportamento de "montanha-russa", com altas em datas próximas aos jogos e baixas nos intervalos. 


Dessa forma, se nas vésperas e dias de jogos na capital paulista - período de pico - apenas 21% das diárias foram vendidas, o cenário preocupa os gestores. "O que vimos [em relação à ocupação] é a realidade por enquanto, e é difícil saber o que vai acontecer. Há preocupação", diz Thierry Guillot, diretor-geral do Grand Hyatt São Paulo. 


Para a diretora executiva do Fohb, Flávia Matos, a explicação para a baixa ocupação da capital paulista na Copa é que há excesso de quartos. "A oferta é muito grande para a demanda específica da Copa. O parque hoteleiro supre a necessidade de viagens corporativas." Prova disso é que o número absoluto de diárias vendidas em São Paulo seria de 43,1 mil diárias, acima do total de 39 mil do Rio de Janeiro. Do universo de aproximadamente 100 mil quartos de associados do Fohb, cerca de 25 mil estão na capital paulista. 


Um dos fatores que incrementou as reservas no Estado de São Paulo foi que a unidade da federação será a base de 15 das 32 seleções do Mundial. O Rio de Janeiro, além de sediar a Fifa e parte dos patrocinadores, conta com a demanda do Centro Internacional de Transmissão da Copa. Na África do Sul, o centro contou com 179 emissoras de televisão e rádio, além de envolver cerca de 13 mil funcionários. 


Mesmo assim, o desânimo predomina no setor hoteleiro paulista. Além da questão de ocupação, outro motivo é que o viajante do mundial, que substitui o corporativo, se hospeda por período menor de tempo e gasta menos. "O público que vem para o jogo fica um dia. O de negócios fica três ou quatro", afirma Rotter. "Eu me atrevo a dizer que em São Paulo, comparando junho e julho de 2014 com os mesmos meses de 2013, haverá perda de negócios." O maior benefício da Copa, diz o executivo, é a exposição internacional do País. 


Bloqueio 


A parcela de diárias atualmente bloqueada pela empresa Match, para a venda por meio da Fifa, ainda pode ser devolvida aos hotéis. O primeiro lote de reservas bloqueadas, correspondente a mais da metade do total não vendido, já foi devolvido dia 31 de janeiro para os hotéis. No dia 20 de abril, todas as diárias não comercializadas voltam para os hotéis. 


Em dezembro, a Fifa realizou o sorteio que definiu os jogos da Copa. Alguns resultados, todavia, não agradaram certas regiões do País. O Fohb avalia, por exemplo, que jogos de Curitiba e Cuiabá (Nigéria contra Bósnia; e Irã contra Nigéria) não irão deslocar grande volume de pessoas, o que afeta a procura por quartos. No Nordeste, por outro lado, em cidades como Fortaleza e Salvador, as partidas são "mais interessantes", acrescenta a entidade das redes de hotéis. 


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