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Estado de Minas Online ( Economia ) - MG - Brasil - 13-02-2014 - 07:55 -   Notícia original Link para notícia
Visto direto de BH

Com uma agenda positiva, a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, que teve a confirmação da nomeação para assumir o posto em agosto de 2013, desembarca hoje pela primeira vez em Belo Horizonte. Ao lado do governador Antonio Anastasia (PSDB), do prefeito Marcio Lacerda (PSB), de empresários e outras autoridades, ela assinará com o diretor-presidente do Grupo EPO, Gilmar Dias, o contrato de locação do Edifício Panorama, no Bairro Alto Santa Lúcia, para a instalação do novo consulado na capital mineira. São 7,7 mil metros quadrados, que, segundo a embaixadora, precisarão de reformas para a adequação das instalações. "A estimativa é de que seja inaugurado em 2016", afirma. Serão investidos US$ 40 milhões nas reformas programadas para a modernização e ampliação dos consulados norte-americanos no Brasil. 

A instalação da unidade em Belo Horizonte é uma demanda antiga, principalmente de setores empresariais. Depois da China, os EUA são o segundo país que mais compra de Minas, respondendo entre 2011 e 2013 por 6,4% de todas as exportações mineiras - um montante de US$ 2,1 bilhões - de um total de US$ 33,3 bilhões. Por outro lado, os EUA são o maior fornecedor de Minas: as vendas para o estado somaram US$ 2 bilhões, entre 2011 e 2013, que representam 17% de todas as importações mineiras. 

No ano passado 1 milhão de vistos foram concedidos no país  dos quais cerca de 13% para mineiros. Só o Centro de Atendimento de Solicitante de Vistos (CASV) de BH fez, entre abril de 2012 e dezembro de 2013, 131.481 atendimentos. Liliana também espera que aumentem as visitas dos americanos ao país. "Temas como a Copa do Mundo dão essa oportunidade. Temos, por exemplo, 80 mil americanos que já têm tíquetes para a Copa."

Em termos comerciais, como estão as relações entre Minas e os Estados Unidos?



As parcerias com Minas são muito importantes. Minas Gerais é o destino número dois para as exportações dos Estados Unidos. Ainda não somos o número um, que é a China. Mas a parceria é robusta e temos muitas relações com as diferentes associações de empresários. Temos também muitas companhias americanas - cerca de 40 - com investimentos significativos que têm as suas bases em Minas. E nós esperamos poder intensificar essas relações comerciais com o novo consulado para aproveitar esse interesse que o estado tem em fazer negócios com os Estados Unidos.



No ano passado houve sinalização do presidente Barack Obama para o fim da exigência de vistos. Essa perspectiva se mantém? Para quando seria possível?



A isenção de vistos é um tema que está dentro de nossa agenda bilateral de diálogo entre os dois governos. Para ter a isenção de vistos é necessária uma série de requisitos. Não é algo que eu possa dizer: "Amanhã começa". É preciso ter intercâmbio de informações, sistemas, para assegurar a gerência do programa. É um tema sobre o qual estamos conversando, que é complexo, mas estamos tentando dar segmento. Está na agenda, e vamos avançar.

As relações entre Brasil e EUA foram estremecidas com as denúncias de que teria havido espionagem a empresas e a autoridades brasileiras pela National Security Agency (NSA). Haverá esclarecimentos adicionais?



Tenho certeza de que esse episódio, que é difícil e delicado, será superado. E o episódio está sendo tratado nos mais altos níveis. O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, se reuniu em Washington com a chefe do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice, para falar sobre esse tema, que está sendo tratado privadamente. Mas isso não impede que continuemos numa agenda muito ampla de parceria nos temas comerciais, acadêmicos, na educação, culturais.


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