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Valor Online ( Empresa ) - SP - Brasil - 13-02-2014 - 09:51 -   Notícia original Link para notícia
CVC fatura 11,5% mais em janeiro

A CVC, maior operadora de turismo da América Latina, projeta manter ao longo deste ano o desempenho operacional com que abriu o ano, em janeiro, quando a companhia bateu recordes mensais de faturamento e de reservas. Houve crescimento de 11,5% nas vendas.


"Não vejo motivos para não continuarmos com nossas taxas históricas de crescimento", disse ao Valor o presidente da companhia, Luiz Falco. Em janeiro, as reservas confirmadas avançaram 20%, atingindo R$ 436 milhões.


A comercialização de pacotes pela internet, a aceleração na abertura de lojas e a decisão de manter o financiamento ao cliente com vendas parceladas em até 10 vezes ajudaram a companhia a bater recordes no primeiro mês deste ano, informou o executivo.


Falco afirma que os números de 2014 serão melhores que os apurados em 2013. "O primeiro trimestre do ano passado puxou nossa média para baixo", disse o presidente da CVC. "Como só registramos a receita quando temos as reservas embarcadas, 2014 recebeu muita venda feita no ano passado".


No quarto trimestre de 2013, aponta Falco, a margem líquida em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (margem Ebitda), de 50,4%, mais que recuperou a margem negativa, de 21,9%, nos três últimos meses de 2012. "Temos escala", aponta Luiz Falco. "Com escala, podemos fazer qualquer produto melhor que a concorrência quando decidimos entrar em um segmento".


O executivo usa as vendas na internet para exemplificar essa tese. Segundo ele, o canal on-line de vendas, lançado em outubro passado, já é o que mais cresce na companhia. Responde hoje por 5% dos pacotes vendidos.


Em janeiro, as reservas confirmadas on-line dobraram, passando a R$ 19,3 milhões em volume. "A internet é usada para quem busca preço. Isso vale para viagens mais curtas. Nos pacotes longos, a venda nas agências continuará sendo determinante", afirma Falco.


Por isso, a receita continuará crescendo por meio de pontos de venda independentemente do crescimento do canal on-line. A quantidade de lojas exclusivas da CVC - conta que exclui as agências multimarcas que vendem pacotes da empresa - fechou janeiro com 802 pontos, oito a mais que em dezembro e 70 a mais que no fim de 2012.


Se mantiver esse ritmo de abertura de lojas nos próximos meses, a CVC fecha 2014 com 96 novos pontos de venda. Em 2012, o avanço foi de 70 unidades.


Falco enxerga espaço para que as lojas da CVC mantenham o faturamento médio atual mesmo em um contexto de uma rede maior. "O mercado é muito pulverizado", diz. "Nós, que somos líderes, temos 11% do mercado".


O presidente da CVC descarta aproveitar a força proporcionada pela liderança para acelerar o crescimento por meio da consolidação. Ou seja, não há planos em envolvendo aquisições de concorrentes. "É verdade que a abertura de capital nos deu acesso a mais recursos, mas somos geradores de caixa e não precisamos voltar ao mercado. Não temos aquisições no horizonte. Vamos continuar com o crescimento orgânico", disse sobre a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada em dezembro, quando a colocou na Bovespa R$ 621 milhões em uma oferta secundária.


O papel, lançado a R$ 16 - abaixo da faixa indicativa no prospecto da oferta, que ia de R$ 18 a R$ 22 - fechou ontem em queda de 0,37% a R$ 13,20.


Mesmo sem comprar concorrentes, o presidente da CVC diz que a empresa seguirá com uma expansão anual de dois dígitos. Falco afirma que 2014 será ainda mais prodigioso para o turismo de lazer por causa da Copa do Mundo. "Junho não vai ter nem 15 dias úteis por causa das paradas para os jogos", lembra. "Para o turismo corporativo, a Copa será ruim. Para a economia do país, vamos perder vários dias úteis. Mas para o turismo de lazer, haverá mais tempo para viajar".


Mais de 90% dos pacotes vendidos pela CVC são para turistas de lazer e 65% para viagens domésticas. Por isso, garante Falco, dólar mais caro não afeta as vendas da companhia.


"Continuamos parcelando as vendas em dez vezes. Não reduzimos o financiamento, nem sentimos qualquer impacto em nossas taxas de inadimplência", afirma o presidente da CVC sobre as vendas parceladas que representam 80% dos pacotes vendidos pelo grupo.


Com esse cenário, Falco quer manter os atuais níveis de distribuição de lucros. "Distribuímos 50% do lucro e vamos continuar dessa forma", afirmou o presidente da CVC.






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