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Folha de São Paulo Online ( Mercado ) - SP - Brasil - 09-02-2014 - 10:01 -   Notícia original Link para notícia
Copa põe operadoras contra Infraero

Teles querem reproduzir modelo do 4G nos estádios em aeroportos, mas governo não quer dar descontos


Disputa ocorre por cobrança de aluguel pela instalação de equipamentos; teles reclamam do preço


JULIO WIZIACKDE SÃO PAULO


A Copa não começou, mas as operadoras de telefonia e a Infraero, estatal que administra os aeroportos, já entraram em campo com uma disputa que pode terminar em derrota para o consumidor.


Com os jogos, o governo obrigou as teles a instalarem a rede 4G (quarta geração). Pelos contratos atuais, a Infraero cobra por equipamento instalado em cada aeroporto. Por ano, as teles pagam cerca de R$ 30 milhões com o aluguel de espaços para a instalação de antenas e centrais de conexão. A cifra é muito maior que na Argentina, Chile e Colômbia, segundo um levantamento feito pelas operadoras.


NOVO MODELO


Mas, para colocarem os equipamentos 4G em funcionamento dentro dos aeroportos, as operadoras pretendem unificar suas estruturas e, por isso, não querem mais pagar aluguel "como se fossem franquias do Mc Donald's ou das lojas do Duty Free Dufry".


Para as teles, a cobrança da infraestrutura não pode seguir as regras dos contratos feitos com as lojas.


No final do ano passado, elas se reuniram com o diretor comercial da Infraero, André Luís Marques de Barros. Pediram para "rasgar os contratos" e fazer novos, porque pretendem reproduzir nos aeroportos as obras que foram feitas nos estádios.


Nas arenas, foi construída uma rede única de fibras ópticas que se conecta às antenas. Essa infraestrutura será compartilhada pelas operadoras e os sinais dos aparelhos serão captados, independente da empresa.


Esses sinais trafegarão por um só duto de fibras ópticas até chegar a uma central. Ali, um sistema informatizado direcionará o sinal de cada operadora até a antena mais próxima dessa mesma operadora fora do estádio.


As teles querem implementar esse projeto nos aeroportos onde, hoje, cada empresa tem sua própria rede, pagando aluguel à Infraero.


Segundo elas, haverá economia de custos e, assim, poderão ampliar a cobertura, reduzindo áreas de sombra. Caso a negociação não avance e a conta do 4G fique elevada, os investimentos podem ser reduzidos. O Sinditelebrasil, sindicato das teles, não quis se pronunciar.


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