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Portal Hoje em Dia (MG) ( Economia ) - MG - Brasil - 29-01-2014 - 11:07 -   Notícia original Link para notícia
Indústria prepara escala para compensar perdas com a Copa

Tatiana Moraes - Hoje em Dia




Empresários da indústria têxtil preveem compensar a redução da produção nas escalas de trabalho


A Copa do Mundo, marcada para o período de 12 de junho a 13 de julho deste ano, já começa a mexer com a rotina da indústria e do comércio. Enquanto as fábricas fazem uma verdadeira ginástica para antecipar entregas e formar estoques, devido à redução da jornada de trabalho durante o evento esportivo, há um verdadeiro pessimismo por parte do comércio.

De acordo com o presidente do Conselho de Política Econômica e Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Gonçalves, dificilmente as indústrias liberarão os empregados das linhas de produção nos dias de jogos. No entanto, ele acredita que haverá um remanejamento de horários para que os funcionários assistam às partidas.

"Se a indústria produz 10 mil produtos em um dia e haverá redução de dois mil itens durante um jogo da Copa, será necessário compensar esse número antes", diz Gonçalves.

O vice-presidente de Crédito da Federação e presidente da Delp Engenharia, Petrônio Zica, reforça que haverá adequações no setor. "Faremos o possível para que a receita não seja afetada", afirma.

Perdas à vista

Se por um lado a indústria acredita que alterações nas escalas de trabalho podem driblar uma possível perda no faturamento, o comércio está desanimado. De acordo com pesquisa realizada pela de Belo Horizonte (-BH) no segundo semestre do ano passado, 54,55% dos comerciantes têm expectativas negativas em relação à Copa do Mundo.


A maioria dos comerciantes pessimistas (76,55%) acredita que, durante o evento, as vendas serão até 40% inferiores ao registrado em períodos normais. Porém, 11,11% esperam uma queda entre 50% e 60%, enquanto 6,17% trabalham com perda superior a 60%.

Na avaliação do vice-presidente da -BH, Anderson Rocha, a preocupação dos lojistas é baseada na alta carga tributária brasileira. "Muitos produtos podem ser comprados por preço menor no exterior devido aos impostos do Brasil. Portanto, não haverá motivo para que o consumidor estrangeiro faça compras de alguns itens no Brasil. Por outro lado, o brasileiro estará pouco focado em compras", diz.

Em contrapartida, Rocha comenta que alguns segmentos do comércio certamente lucrarão mais no período, como o de artigos esportivos.
Na avaliação do economista da Federação do Comércio de Minas Gerais, (Fecomércio-MG), Gabriel Ivo, as manifestações violentas podem se tornar o pior vilão dos comerciantes durante a Copa. "Nesse caso, além de os lojistas deixarem de vender, eles podem ter o patrimônio afetado", afirma.

Avaliação negativa

Segundo levantamento da -BH, 46% dos empresários afirmaram que o fato de o Brasil sediar a Copa das Confederações em 2013, evento considerado um teste da Copa do Mundo, foi muito negativo para o ritmo de vendas. Para 23,33%, o campeonato atrapalhou pouco e 20,67% ficaram indiferentes. Apenas 10% afirmaram que a Copa das Confederações foi benéfica para o comércio.


Palavras Chave Encontradas: Câmara dos Dirigentes Lojistas, CDL
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