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O Tempo ( Economia ) - MG - Brasil - 12-01-2014 - 09:49 -   Notícia original Link para notícia
Fifa limita uso de marcas, mas comércio usa e abusa delas

Entidade restringe até tabela de jogos, mas produtos não licenciados estão por toda parte



No Mercado Central e em shoppings populares, marcas da Fifa estão por toda parte


JÁDER REZENDE


Com a aproximação da Copa do Mundo, artigos relacionados ao evento ganham as gôndolas de diferentes setores do comércio, mas nem todos são devidamente licenciados. E a pirataria, como sempre, salta aos olhos, sobretudo nos chamados shoppings populares. A meta da Fifa, de tentar coibir a venda de produtos falsificados, não deverá surtir tanto efeito, pelo menos em Belo Horizonte, onde os "xing-lings" se multiplicam a cada dia.


Publicidades relacionadas ao evento e até mesmo a distribuição de tabelas dos jogos com a marca de uma empresa qualquer também são passíveis de contestações e sanções da Fifa, que pretende arrecadar US$ 4,18 bilhões com a Copa em 2014, entre patrocínio e utilização das marcas oficiais, sendo R$ 2 bilhões somente com a comercialização de produtos licenciados. A falta de informações precisas da Fifa sobre a utilização de marcas e nomenclaturas relacionadas ao Mundial complica ainda mais a situação de pequenas e grandes empresas.


A "apropriação indevida" da palavra "Mundial", por exemplo, teria levado a Fifa a notificar, na semana passada, a Decolar.com, forçando o site de compras de passagens aéreas e reservas de hotéis a suprimir de seu site toda a peça publicitária relacionada à Copa do Mundo. A Fifa destaca que "o uso não autorizado das marcas oficiais põem em risco os interesses da comunidade do futebol mundial", e ressalta que seus parceiros comerciais "só investirão na Copa se tiverem a exclusividade do uso das marcas oficiais e de associação comercial à competição".


Ao justificar a impossibilidade de autorizar o uso gratuito da marca da Copa, a Fifa argumenta que, dessa forma, não conseguiria garantir o financiamento necessário para a realização do evento. Contudo, a utilização da palavra "Mundial" não é citada nas diretrizes em questão.


Entre os cerca de 70.000 bares e restaurantes de Minas Gerais (18.000 na capital), 65% operam na informalidade e não contam com qualquer tipo de orientação jurídica. Para o presidente da seção mineira da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Fernando Júnior, será impossível promover uma fiscalização abrangente que impeça o uso de marcas da Fifa (como o mascote da Copa e as palavras "Copa do Mundo" e "Mundial") nos eventos dos estabelecimentos. "Dificilmente os bares e restaurantes deixarão de usar as marcas em suas peças. E isso não vai acontecer de má-fé, mas por pura falta de informação, principalmente entre os 95% que são de pequeno porte", diz.


A assessora do Conselho de Turismo da -BH, Emanuelle Viana, admite que, a exemplo de copas passadas, muitos lojistas lançarão mão de símbolos oficiais do Mundial para atrair clientes, "embora haja o risco de punição". A entidade promoverá seminário com seus associados até o início de abril para detalhar as regras da Fifa e alertar sobre as sanções previstas.


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